era o som da tua hora que voltava
entre farelos de pão preto
outrora quente
soterrados nas almofadas
do sofá da sala
era o tempo em que você deitava
e mordiscava, mansa
os meus olhos
quentes do teu hálito
e a manhã voava
a revoada de pássaros verdes
que corríamos pra ver
o vidro embaçava
e lá inventávamos um código
uma língua nossa
agora
absolutamente indecifrável
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